A maldição de Babel não foi os homens desentenderem-se por falarem línguas diferentes, mas sim desentenderem-se falando a mesma língua.
(Dovev Rosenkrantz)
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(A) Contradição do sobreiroA vida descreve-se pela contradição do sobreiro: o jovem não tem paciência para esperar meio século para que a árvore cresça e seja adulta. Por isso, não a planta. Quando chega a velho e, finalmente, tem paciência para esperar, planta-a, mas já não tem tempo para a ver crescer.
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CorvosAos homens que tentavam sedentarizar-se, os Ubitatã cortavam-lhes os pés: «se não caminham, não precisam deles». E davam os pés a comer aos corvos.
O rei da Assíria, Sardanapalo, pelo contrário, cortava os pés dos nómadas para que estes se tornassem sedentários. Depois, dava-os a comer aos corvos.
Em ambos os casos, os corvos é que ficavam a ganhar.
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LerPodem não existir livros a mais, mas existe tempo a menos.
(Wilhelm Möller)
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O ócio não é o contrário de trabalho. A felicidade é que é o contrário de trabalho.
(Marian Bibin)
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(Relação entre o) telhado e a dúvida
Por mais andares que uma casa tenha termina sempre no telhado. É assim a vida do homem: por mais certezas que tenha, termina sempre na dúvida.
(Malgorzata Zajac)
Afonso Cruz, "Enciclopédia da Estória Universal – Recolha de Alexandria"
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