Ela andava com rapazes promissores: futuros poetas, cineastas, pintores. Todos pobres, infelizmente. Um dia, assim do nada, casou-se com um milionário quarenta anos mais velho. Começavam aí décadas de comovente mecenato. Ela teve oito filhos, curiosamente diversos – e todos artisticamente bem-dotados.
O amor me diz que nada do que vem de mim é presente, é tudo passado e embolorado.
Se eu fosse mulher, viveria para flagelar os poetas. É isso que eles querem, para libertar o pardal que têm no peito e chamam ora de cotovia ora de violino.
Se você sofreu por amor e ainda está vivo, desculpe: você é um farsante.
Se você é um desses viventes que andam por aí, sinto muito. Não tem papo. Só respeito os mortos, e não todos. Só os que morreram de amor.
Sou levemente vegetariano, fracamente concupiscente, ligeiramente surdo, compreensivelmente apolítico, tolerantemente antirreligioso, tolamente sentimental e totalmente idiota.
Entre tantas outras coisas, Vinícius de Moraes era um poeta envelhecido em tonéis de carvalho.
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