Todos sabemos como é difícil a um escritor desconhecido arranjar quem lhe publique o primeiro livro – e é certamente por isso que já há muitas empresas a fazerem dinheiro à custa disso, algumas das quais publicam tudo o que vem à rede desde que o autor financie a edição, nem que seja mediante a compra de um certo número de exemplares que cubra o investimento necessário para fabricar o livro. Mas nem toda a gente tem dinheiro para isso ou vai na cantiga, pelo que muitos dos que escrevem um primeiro texto, não conseguindo interessar nenhuma editora mais convencional, preferem apesar de tudo recorrer à auto-edição e divulgar ou vender a obra na Internet. Acontece, porém, que – sem o crivo de um profissional – podemos encontrar textos lastimáveis à disposição do público, gratuitamente ou a preços módicos, seja em termos de redacção, estrutura ou mesmo ortografia… Mas agora descobriu-se, além disso, que estes escritores que se auto-editam muitas vezes também plagiam os consagrados ou minimamente conhecidos com grande à-vontade. Nos Estados Unidos, parece que os escritores estão a braços com dezenas de situações em que alguém «rouba» os seus romances, muda uma coisa aqui e outra ali, superficialmente, e os vende depois como seus, alterando-lhes o título e fazendo crer aos leitores que se trata de uma coisa nova. No mundo de hoje, em que é fácil a qualquer um pôr um livro à venda na Amazon, têm-se repetido histórias deste tipo e descoberto, inclusivamente, que os pretensos autores se dão ao trabalho de cortar cenas mais picantes ou eróticas, como se fosse disso que devessem ter vergonha… Uma questão que, suponho, ainda vai dar muito que falar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário