- Tire aquele livro da monta. E já!
O gerente não perdeu a calma:
- Mas por que razão hei-de tirar o livro da montra, minha senhora?
- Porque é uma difamação contra o meu Führer!
- Minha senhora, eu não tenho nada com isso. O livro é do agrado da minha clientela.
- Recusa-se, portanto, a tirá-lo da montra?
- Realmente, minha senhora.
- Então espere! Quando o meu Führer tomar conta deste país - e isso não há-de demorar - ele há-de vir aqui para o tirar, pessoalmente. Disso pode estar certo!
E com estas palavras saiu batendo furiosamente com a porta.
Ilse Losa, "À flor do tempo"
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