quarta-feira, agosto 7

Operária

A moça vinha cedo pelo beco,
com seu perfume ativo de violeta,
ia para o trabalho ou para a vida,
ia talvez para o desconhecido.
Antes, era mais forte, mas agora,
está mais magra e lépida, por que?
Seria, porventura, a carestia
ou seria o balé, trazendo estética?
Na marmita, galinha ou feijão preto,
lagosta, maionese ou dobradinha,
nesta repetição itinerária?
Só não é duvidoso o seu horário,
ela nasce com o dia, às cinco em ponto,
é meu relógio no cotidiano
Ciro Colares

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