Aquele livro de uma editora descolada e moderna, que a gente pega no balcão da livraria e leva alguns minutos tentando entender as letras do título.
2
Aquele livro grosso, caro, de texto cerrado em fonte pequena, que a gente compra sem folhear e guarda na estante sem abrir.
3
Aquele romance estrangeiro de capa instigante, contracapa cheia de fragmentos elogiosos, que a gente compra, começa a ler, e por volta da página 50 percebe que se trata do volume 3 de uma série cujos dois primeiros ninguém se lembrou de publicar aqui.
4
Aquele livro de contos de um dos seu autores preferidos, projeto gráfico sedutor, preço caríssimo, mas você acaba comprando porque dos quinze contos incluídos tem dois que você não tem ainda.
5
Aquele livro chato pra caramba que você devolveu à prateleira várias vezes, e quando abre agora encontra dentro dele a conta de luz que acabou não pagando e que resultou naquela tremenda confusão do ano passado, a festa-de-aniversário com energia cortada.
6
Aquele livro de Fantasia Heróica, com 500 páginas, que você estava lendo no maior entusiasmo, mas precisou fazer uma viagem, a viagem se prolongou, na volta teve problemas de saúde, a vida veio em ondas como o mar, e agora você percebe que tinha parado na página 322... e agora não lembra nem como é o nome do rei.
7
Aquele livro que você tem, mas nenhuma bio-bibliografia do autor registra; e agora?
8
Aquele romance de um autor de quem você já leu (e gostou de) todo o resto, menos este, cuja leitura até hoje não engatou.
9
Aquele livro lido, querido e amado na infância, que você reencontrou na idade adulta, e guardou sem ler, para não estragar tudo.
10
Aquele livro estrangeiro que veio com muitas páginas faltando, você mandou um email com foto para o autor, explicando, e recebeu um exemplar perfeito, com dedicatória.
11
Aquele livro cuja sinopse é até promissora, mas você não se anima a ler porque o autor é um chato.
12
Aquele livro cuja prosa é tão energética que você lê meia página e corre para o teclado, com a cabeça a mil.
13
Aquela coletânea enorme, bem produzida, futura referência para muitos anos, e para a qual você foi convidado a contribuir... mas não levou fé.
14
Aquele livro que você comprou por engano, leu por uma questão de amor-próprio, e gostou por mera teimosia.
15
Aquele livro que qualquer frase, de qualquer página aberta ao acaso, serve de oráculo.
16
Aquele livro que, pela data anotada com sua letra na página de rosto, é o que está com você há mais tempo, na vida inteira.
17
Aquele livro todo sublinhado e anotado com sua letra, e que você não lembra de ter lido.
18
Aquele livro que alguém lhe emprestou há 25 anos, e que você ainda guarda, com a firme intenção de devolver.
19
Aquele livro precioso e insubstituível, mas já esbagaçado de tanto manuseio, e que você não manda pro encadernador com medo que ele suma.
20
Aquele livro que você já leu e releu sem compreender muito bem, mas sente ali verdade, sente ali grandeza, sai dali fortificado.
21
Aquele livro onde o autor não é ninguém, o texto não é nada, mas o que a dedicatória diz é tudo.
22
Aquele livro que você comprou num sebo por curiosidade, leu, guardou, se desfez dele numa mudança, precisa dele agora para um trabalho, e não anotou nem o título nem o autor.
23
Aquele livro que foi seguro a quatro mãos, lido a quatro olhos, recitado baixinho a duas bocas.
24
Aquele romance que é até legal, mas você acha os nomes dos personagens totalmente equivocados.
25
Aquele livro que, mal começa a ler, você tem a sensação de que já tinha lido antes, e que o autor dele também.
26
Aquele livro que por alguma razão misteriosa você leu e releu e não teve coragem de sublinhar.
27
Aquele livro que, a cada vez que você pega para ler, a lombada se quebra mais um pouco, e mais páginas se soltam.
28
Aquele romance cujo enredo, antes de chegar na metade, já deu três vezes a impressão de que estava acabando.
29
Aquela 1ª. edição raríssima que você achou por 10 reais na lona da calçada.
30
Aquele volume bobinho que você comprou somente pelo hábito de trazer um livro de cada cidade que visitava.
31
Aquele livro obscuro que um amigo lhe presenteou há dez anos, e toda vez que você o encontra ele pergunta: “E aí, leu?... Não é genial?...”
32
Aquele livro que só presta a capa.
33
Aquele livro de lombada à base de cola, que precisa ser sujeitado com as duas mãos para ser lido, porque se você o larga ele dá um pulo, feito menino birrento, e volta a se fechar.
11
Aquele livro cuja sinopse é até promissora, mas você não se anima a ler porque o autor é um chato.
12
Aquele livro cuja prosa é tão energética que você lê meia página e corre para o teclado, com a cabeça a mil.
13
Aquela coletânea enorme, bem produzida, futura referência para muitos anos, e para a qual você foi convidado a contribuir... mas não levou fé.
14
Aquele livro que você comprou por engano, leu por uma questão de amor-próprio, e gostou por mera teimosia.
15
Aquele livro que qualquer frase, de qualquer página aberta ao acaso, serve de oráculo.
16
Aquele livro que, pela data anotada com sua letra na página de rosto, é o que está com você há mais tempo, na vida inteira.
17
Aquele livro todo sublinhado e anotado com sua letra, e que você não lembra de ter lido.
18
Aquele livro que alguém lhe emprestou há 25 anos, e que você ainda guarda, com a firme intenção de devolver.
19
Aquele livro precioso e insubstituível, mas já esbagaçado de tanto manuseio, e que você não manda pro encadernador com medo que ele suma.
20
Aquele livro que você já leu e releu sem compreender muito bem, mas sente ali verdade, sente ali grandeza, sai dali fortificado.
21
Aquele livro onde o autor não é ninguém, o texto não é nada, mas o que a dedicatória diz é tudo.
22
Aquele livro que você comprou num sebo por curiosidade, leu, guardou, se desfez dele numa mudança, precisa dele agora para um trabalho, e não anotou nem o título nem o autor.
23
Aquele livro que foi seguro a quatro mãos, lido a quatro olhos, recitado baixinho a duas bocas.
24
Aquele romance que é até legal, mas você acha os nomes dos personagens totalmente equivocados.
25
Aquele livro que, mal começa a ler, você tem a sensação de que já tinha lido antes, e que o autor dele também.
26
Aquele livro que por alguma razão misteriosa você leu e releu e não teve coragem de sublinhar.
27
Aquele livro que, a cada vez que você pega para ler, a lombada se quebra mais um pouco, e mais páginas se soltam.
28
Aquele romance cujo enredo, antes de chegar na metade, já deu três vezes a impressão de que estava acabando.
29
Aquela 1ª. edição raríssima que você achou por 10 reais na lona da calçada.
30
Aquele volume bobinho que você comprou somente pelo hábito de trazer um livro de cada cidade que visitava.
31
Aquele livro obscuro que um amigo lhe presenteou há dez anos, e toda vez que você o encontra ele pergunta: “E aí, leu?... Não é genial?...”
32
Aquele livro que só presta a capa.
33
Aquele livro de lombada à base de cola, que precisa ser sujeitado com as duas mãos para ser lido, porque se você o larga ele dá um pulo, feito menino birrento, e volta a se fechar.
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