– Não parece muito – ele retrucou, desdenhando a tarefa.
– Pois é. E, ao mesmo tempo, nunca será o suficiente…
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Sobre a relação tempo/espaço:
Como tão pouco espaço de texto é capaz de representar tão bem o tempo? E como, com o passar do tempo, passa a ser tão fiel ao espaço?
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Todos os dias o cronista firma seu compromisso com o leitor:
– Você tem a minha palavra.
(Uma verdadeira verdade até quando mente.)
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Quando já não sabemos se aquela frase é do Drummond, do Maria, Mendes Campos ou Braga, isso deixa de ser uma falha de lembrança para ser um reconhecimento de glória.
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Saltam aos olhos as manchetes, as fotos, os infográficos.
A crônica, sorrateira e insidiosa, invade o coração.
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Se desdisser minhas palavras amanhã, o texto terá sido agudo, não crônico.
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A comparação só não vale ao tratarmos das cifras envolvidas…
Rubem Penz
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