“Dormia em águas tranquilas. O que não queria dizer que seu mundo fora sempre imóvel. Havia vezes em que o movimento, inclusive um movimento violento, se fazia evidente em seu universo...”Essas são as primeiras das últimas palavras de Pearl S. Buck (1892-1973), a popular vencedora norte-americana do Nobel de literatura (1938) que volta às livrarias com “O eterno assombro”, novela inédita publicada 41 anos após a morte da escritora. O livro esteve perdido por quase 40 anos e apareceu misteriosamente em 2012 quando uma mulher adquiriu um depósito de aluguel em Fort Worth, no Texas. Entre as tralhas, estava o manuscrito de quase 300 páginas que foi oferecido à família da escritora, quando recuperou o controle do legado e o patrimônio de Buck.
Era o livro em que Pearl Buck trabalhava quando morreu em 6 de março de 1973, quase em falência, em Danby, no estado de Vermont, depois de escrever 43 novelas, 242 contos, 37 livros infantis, 28 obras de não ficção, 18 roteiros para cinema e televisão e perto de 600 artículos. Sucessos quase todos os livros, como “A boa terra”, prêmio Pullitzer de 1931, cujos os originais se perderam.
Muitas das suas histórias, relembra o filho Edgar Walsh, um dos sete adotivos, “se referem à luta da gente comum contra a pobreza, a corrupção política e pessoa, os maus governos e os conflitos morais de sempre”. Completa Edgar que ela foi firme defensora dos direitos da mulher e dos direitos das minorias.
(Fonte: El Pais)
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