Fundada em 1997 por
Amauri Falsetti e Aglaia Pusch, a companhia Paideia destaca-se ano a ano com o
trabalho de difusão do teatro para jovens, em seu mágico espaço no bairro de
Santo Amaro, em São Paulo, ocupando um antigo pátio de coletores de lixo. A novidade
deste segundo semestre, que fica até meados de outubro, é “A Caixa Encantada”,
espetáculo escrito e dirigido por Falsetti que valoriza o prazer de ler.
Na era das redes sociais,
ipads e aplicativos, a Paideia decide-se por um espetáculo que, de certa forma,
é retrô, porque ainda considera a existência de objetos chamados livros. A peça
faz uma crítica fortíssima às atuais instituições de ensino, que mantém bibliotecas
inoperantes, espaços que viraram verdadeiros cantinhos sinistros, mofados e
desocupados dentro da estrutura escolar, com funcionários públicos que não têm
mais estímulo para trabalhar e não conseguem mais envolver/cativar para os
livros a clientela escolar.
O enredo da peça fala,
ainda, do modismo dos chamados “cantinhos de leitura”, espaços lúdicos dentro
do ambiente escolar, mas que muitas vezes também não cumprem sua função de
forma satisfatória, sem conseguir atrair o interesse de novos leitores.
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