O
livro “Brinco, logo aprendo – Educação, videogames e moralidades
pós-modernas”, de Gilson Schwartz, professor da ECA – USP, lançado pela editora
Paulus, conta que o videogame, como o rádio, o cinema e a TV é a etapa mais
avançada da tendência econômica e política marcante da sociedade da informação.
E isso não apenas no conteúdo, mas também nos principais “jardineiros” do
conhecimento, os intelectuais, perdem a sua função em face de máquinas
(hardware), sistemas (software) e redes (knoware).
Dessa forma,
o papel dos educadores, das escolas e práticas sociais é redefinido por
sistemas de informação e comunicação, cuja arquitetura responde cada vez mais
aos imperativos de uma nova economia política do conhecimento, adequada às
moralidades pós-modernas. O autor revela que se tornou não apenas urgente, mas
inevitável pensar criticamente a digitalização e, ao mesmo tempo, reconhecer o
caráter complexo dos novos meios, ampliando o debate sobre o lugar do
indivíduo, o sentido de sua formação e a temporalidade que se abre para a
formulação de projetos com perspectivas locais, concretas.
O livro também aponta que é urgente a reinvenção do
professor como mentor, parceiro inspirador e experiente na apropriação dos
novos recursos tecnológicos, em favor de práticas de aprendizagem mais
criativas. “Vencer esse desafio é o que nos levará, nas escolas, nas empresas e
na sociedade, a uma vivência mais plena e democrática do conhecimento e da
tecnologia no século XXI”, lembra Schwartz.
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