Rubens F. Lucchetti ostenta 1.547 títulos em sete décadas de carreira |
'O horror nasceu comigo, está no DNA'
Aos 84 anos e acompanhado dos gatos de estimação, bruxas,
caveiras e da amiga máquina de escrever, Rubens Francisco Lucchetti é uma
figura emblemática. Em Jardinópolis (SP), onde vive há pelo menos dez anos, o
escritor conhecido como ‘mestre do horror’ celebra a volta aos holofotes, 20
anos após a última publicação. O curioso é que mesmo longe das prateleiras das
livrarias, Lucchetti não deixou um dia sequer de escrever. “Eu sempre tive uma coisa de querer mais,
nunca fiquei satisfeito com coisa pequena. Sempre tive ambição de extrapolar.
Sempre gostei de desafio.”
Ao longo de 70 anos dedicados a contos de terror,
investigações policiais e contos eróticos, Lucchetti encerra o jejum com a
edição de ‘As Máscaras do Pavor’, originalmente publicado em 1974, mas que
ganhou uma atualização e mais páginas na versão em formato de bolso. “É uma
história de mistério que deixa o leitor preso até a última linha. A
protagonista é uma repórter de televisão que está entrevistando famosos atores
de terror que estão chegando para uma Mostra de Cinema de Horror. Mas daí
começa a acontecer uma série de crimes baseados nos filmes clássicos deste
estilo. Você vê ali o Jack, o estripador, o Fantasma da Ópera, Freddy Krueger”,
conta, sem revelar outros detalhes para não estragar o suspense.
Representante do estilo pulp
fiction, Lucchetti ostenta números improváveis para qualquer outro
escritor. Segundo ele, são 1547 títulos publicados, 300 quadrinhos assinados,
mais de 25 roteiros de filmes, três programas de televisão, centenas de artigos
divulgados em revistas e jornais, e produções para rádio. “O horror nasceu
comigo, está no DNA. Eu não sei explicar porque escolhi o horror, que escrevo
aliado ao suspense. É o que eu sei fazer. Eu adoro essa fantasia e, no fundo, é
o que a gente cresce ouvindo. O que são os contos de fada? São histórias de
terror em que a gente se apaixona pelas bruxas. E foi essa perspectiva que foi
me moldando.”
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