O mês de julho fora apagado como uma vela por um vento
cortante que trouxera um céu plúmbeo de agosto. Uma chuvinha fina e
impertinente caía e se desfraldava em lençóis opacos e cinzentos quando
impelida pelo vento. Ao longo da beira-mar de Bournemouth, as cabanas de praia
vazias voltavam suas frentes de madeira para um mar encapelado e verde-cinza,
enquanto as ondas lançavam-se avidamente de encontro ao baluarte de cimento da
costa. As gaivotas tinham sido empurradas aos trambolhões para o interior da
cidade, e agora flutuavam acima dos telhados, as asas tesas, soltando grasnidos
rabugentos. Era um tempo para por à prova a paciência de qualquer cristão.
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