A Biblioteca Nacional amanheceu fechada ao público na terça-feira devido a uma paralisação de 24 horas de seus servidores. Eles reclamam do calor no prédio, que passa dos 40ºC, e dizem que o acervo corre risco. A paralisação ocorreu um dia depois de o presidente da biblioteca, Renato Lessa, dizer a funcionários que "a temperatura não interfere no acervo". Em resposta a Lessa, servidores citam texto de Jayme Spinelli, coordenador de preservação da instituição, segundo o qual "as temperaturas elevadas acarretam danos" como "deformações, ressecamento, fraturas" e "desenvolvimento de microorganismos".
Ângela Fatorelli, chefe de gabinete de Lessa, diz que a temperatura é monitorada e questiona a ideia de risco. "A biblioteca só passou a ter ar-condicionado nos anos 1970, todos os documentos ficaram sem ar até então. Não dá para dizer que os livros estão em risco, temos o aval do setor de restauração."
A Biblioteca Nacional tem 59 aparelhos de ar refrigerado grandes e antigos, instalados há cerca de 30 anos e com histórico de problemas. Em 2013, esse sistema passou por reforma, no valor de R$ 1,25 milhão, que seria uma solução temporária, até se instalar um sistema novo.
(Fonte: Folha SP)