Amigos escritores que postam em redes sociais, assim que vêem o próprio livro em uma prateleira, ou em uma vitrine bem bonita de livraria, correm para tirar uma foto com o celular, para mostrar à comunidade ao lado de quem tiveram a honra de figurar no panteão. Eu considero um lance bacana para uma primeira vez, depois vira rotina (será?), então não vale. Mas da primeira vez vale, significa alguma coisa, no mínimo uma imagem para se guardar: seu texto na vitrine de uma livraria, exibido ao lado das obras de figuras lendárias, que são ou foram pagas para escrever. Muita gente boa não tem nem teve essa sorte.
Diante de minha estante cheia, optei por meter o teatro completo de Shakespeare em uma prateleira à parte, por coincidência sobre o dicionário Houaiss. Vão ficar os dois juntinhos por lá me zoando, o filólogo Houaiss e o dramaturgo mais respeitado do planeta. De vez em quando, é claro que vou tomá-los da prateleira, seja por necessidade o dicionário, seja para passear pela sabedoria do teatro.
Eu tô ligado nessa palavra que confere a ostentação de um poema: o bardo. Baita palavra.
Marco Antonio Martire
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