Fábrica de pensamentos
Recorremos aos nossos pensamentos no ato de escrever. Gosto de pensar na ideia de que é preciso ter uma fábrica de pensamentos funcionando bem, a todo vapor, para escrever qualquer texto, a qualquer hora, com rapidez, sem nenhuma dificuldade. Fazer um estoque com ideias bem formadas, estrutura de linguagem diversificada para buscar a matéria prima, a palavra, que será usada na fabricação do produto, que é o texto, acontece gradativamente. Aliado a tudo isso aprimora-se o talento da escrita com diversas técnicas, mas isso é assunto para outro texto.
O clichê da leitura sempre estará presente. Sim, é o começo de tudo e não canso de repetir que é o alicerce da fábrica, sem leitura você não escreve bem e não terá aptidão de interpretação de texto. Você começa a entender o funcionamento da engrenagem da tua fábrica, os processos, assume o controle de verbos e substantivos, desenrosca adjetivos, adentra o armário de pontos e vírgulas, arquiva reticências, martela palavras e depois de tudo conhece as frases que tem de ser desmontadas para funcionar bem. É a estética da escrita sendo descoberta e sua fábrica de pensamentos sendo erguida diante de um complexo quadro mental. Um quebra cabeça branco assumindo cores.
Na prática: durante a leitura anote as palavras novas e procure memorizar e compreender seu significado. Forme frases avulsas sobre determinados temas, escreva várias, muitas frases, sem se preocupar em formar um texto. Deixe-as descansando por alguns dias. Depois leia as mesmas frases novamente e escolha as melhores, as que ficaram bem escritas. Desmonte as frases que não gostou e reescreva-as. Seja crítico com o que você escreve. Elyandria Silva
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