Eve Farb |
O melhor da literatura é que, ao contrário da música, do teatro, do cinema e da dança, quando somos espectadores passivos, cada leitor cria suas próprias imagens e sons de personagens, cenários e ações, diferentes dos de todos os outros leitores, fazendo de cada um coautor de um livro que só ele leu.
É imenso o poder transformador dos livros quando, na juventude, mergulhamos no mar bravio dos sentimentos humanos, navegando pelo melhor e o pior do homem e da mulher em busca de ideais profissionais, românticos, políticos e sociais, encontrando algumas respostas e muitas novas perguntas, nos identificando com a visão do mundo e os valores dos personagens, viajando por países e épocas distantes e mundos inventados.
“Cem anos de solidão” (García Márquez), “Em busca do tempo perdido” (Proust), “O apanhador no campo de centeio” (Salinger), “On the road” (Kerouac), “O encontro marcado” (Fernando Sabino), “A montanha mágica” (Thomas Mann), “O segundo sexo” ( Simone de Beauvoir) são alguns clássicos de longa lista de livros que, além de divertir, informar e emocionar, têm o poder de provocar transformações em nossa razão e sentimento. Por sua intensa humanidade e pela força da narrativa, funcionam também como verdadeiros livros de autoajuda, no bom sentido, de aprender, de ajudar a se conhecer, a crescer e a ser feliz.
O livro que mudou minha vida foi “Gabriela, cravo e canela”, de Jorge Amado, que li com 13 anos. Mas isso é outra história.
O livro que mudou minha vida foi “Gabriela, cravo e canela”, de Jorge Amado, que li com 13 anos. Mas isso é outra história.
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