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Interior e fachada do número 212B de Baker Street em Londres |
Todos os dias chegam cartas no número 221B de Baker Street de seguidores que pedem conselhos e fazem perguntas sobre a enigmática vida do detetive.
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Sua secretária
insiste em que o senhor Holmes se afastou há tempos do trabalho e que desfruta
da aposentadoria em Sussex, mas os leitores implacáveis das quatro novelas e
dos 56 relatos que completam o “cânone holmesiano” (publicados entre os anos de
1887 e 1926) querem saber de tudo...
"Querido Sherlock Holmes, estou interessado em saber se além do 221B de Baker Street há um 221A, e se assim for se há algum apartamento vazio. Estou pensando em ficar temporariamente em Londres e não posso pensar em melhor endereço. Muito cordialmente, John Rutherford"
O número 221B de
Baker Street só existia na imaginação de Arthur Conan Doyle. O oftalmologista
escocês já havia posto ali seu herói, antes de sua transferência para
Londres, quando ocupava um consultório médico em que não entrava ninguém. Para
Conan Doyle, as aventuras de Sherlock Holmes foram uma maneira de combater o
tédio enquanto perseguia a glória literária com novelões históricos que ninguém
lia. No final, sua lembrança está ligada a esse endereço fictício no bairro de
Marylebone, repleto de consultórios vazios como o seu. Baker Street terminava
então no número 100, e assim foi até 1932 (dois anos depois da morte do
escritor) quando a rua se estendeu até Regents Park e atingiu o número
fatídico.
A Abbey National
Building Society ocupou o imóvel situado entre os números 219 e 229. Assim se
resolveu finalmente o dilema em que se encontravam os carteiros, que não sabiam
onde entregar as cartas dirigidas ao 221B. A avalanche do correio era tal que a
Abbey National decidiu liberar sucessivamente seus empregados na qualidade de
secretários de Sherlock Holmes para atender a correspondência. A última a
desempenhar o papel foi Sue Brown, que ajudou a recopilar “Cartas a Sherlock
Holmes, um clássico da editora Penguin desde a primeira edição em 1985.
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