"Foi um privilégio e uma aventura"Com um artigo simples, emotivo e direto, paradoxalmente cheio de otimismo, o escritor e neurologista Oliver Sacks, de 81 anos, anunciou no The New York Times, que sofre de um câncer terminal e que tem apenas mais algumas semanas de vida. "Acima de tudo, fui um ser com sentidos, um animal pensante, neste maravilhoso planeta, e isso, em si, foi um enorme privilégio e uma aventura", escreveu o autor de “Tempo de Despertar”, “Um antropólogo em Marte” e “O Homem que Confundiu sua Mulher com um Chapéu”, entre outros, alguns adaptados para o cinema e venderam milhões de exemplares.
Intitulada Minha Própria Vida, em homenagem à autobiografia escrita pelo filósofo David Hume quando também soube que sofria de uma doença sem cura, sua despedida, é cheia de otimismo: "Estou intensamente vivo e quero e espero que o tempo que me resta por viver me permita aprofundar minhas amizades, me despedir daqueles que amo, escrever mais, viajar se tiver a força suficiente, alcançar novos níveis de conhecimento e compreensão. Isso incluirá audácia, clareza e falar com franqueza; vou tratar de acertar minhas contas com o mundo. Mas também terei tempo para me divertir (inclusive para fazer alguma estupidez)".
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