O modelo de Bienal, eternamente criticado pelos profissionais do livro, já deu
Frequento a Bienal de São Paulo desde os anos 1970. No
começo, apenas como mais um dentre tantos visitantes. De 1996 para cá, como
profissional do livro. Desta vez, no entanto, ao me deparar com o mesmo
ambiente de anos, que é alvo de críticas – minhas e de muitos outros – também
há tempos, veio-me a sensação de que está mais do que na hora de mudar. Que
algo precisa ser feito a respeito, e rápido.
As fotos que apresento junto a esse artigo são
amostras da atmosfera de improviso e total falta de profissionalismo que rege a
Bienal de São Paulo. E do porquê de, mais uma vez, a Editora Évora, com seus
dois selos (Évora e Generale) e da qual sou presidente e fundador, não ter
estande no evento. Optamos por colocar nosso catálogo em estandes parceiros. A
Évora e muitas outras editoras, inclusive grandes, como a Objetiva. É a via
mais fácil, que extingue o risco e coloca algum dinheiro no bolso, mas que, por
outro lado, nos mostra acomodados, satisfeitos com o pouco que temos e a léguas
de aproveitarmos adequadamente as oportunidades latentes em um cenário em
mutação. Talvez meu atual excesso de peso, mais do que descuido com a saúde,
seja um símbolo em âmbito pessoal dessa acomodação. Vou pensar mais a
respeito... Distribuidores?! Alguém os viu por aí? Estão quase em extinção no
evento. A maioria só apareceu como visitante, de passagem, na sexta-feira.
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