Se estivesse vivo, Paulo
Leminski (1944-1989) completaria 70 anos no domingo. E há exatos 25
anos de sua morte, Leminski continua mais vivo do que nunca. Para relembrar sua
história, o escritor Domingos Pellegrini, amigo próximo do poeta, reuniu
diálogos e memórias de seu amigo meio hippie, meio beat, na biografia “Minhas
lembranças de Leminski”, lançada este ano pela Geração Editorial. Em
sua biografia-memória, Pellegrini apresenta um Leminski amigo, poeta libertário
assombrosamente inteligente, com quem se encontrava com frequência em Curitiba,
São Paulo e Florianópolis durante as décadas de 1960 e 1970. “Não é uma
biografia, é uma trança de lembranças e adjacências, trançada já desde os
pontos de vista dos narradores: eu e Leminski”, afirma Pellegrini.
Confira texto inédito escrito por Pellegrini em ocasião aos 70 anos de nascimento de Leminski.
Vida é estilingue questica
até nos lançar além
Quem vai não sabe pra
onde
como não sabe quem fica
mas isto é certo porém:
como não sabe quem fica
mas isto é certo porém:
continua vivo quem
mesmo se matando tanto
fez da vida uma fonte
mesmo se matando tanto
fez da vida uma fonte
Nenhum comentário:
Postar um comentário