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Patricia
Highsmith contava que uma das coisas que mais a ajudou a escrever foi a sesta.
Em seus primeiros tempos, quando ainda tinha vários empregos para sobreviver,
dormia à tarde, ao chegar em casa, e tomava depois um banho para simular que
começava um novo dia, de verdade, aquele em que poderia fazer o que sonhava:
por uma palavra atrás da outra para construir histórias. Multiplicar cada dia
por dois foi o chapéu de sua magia do qual não saía um coelho, mas um punhado
das melhores novelas de suspense que continuam atraindo décadas depois.
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