sexta-feira, maio 23

Livraria virou brinde


Em poucos meses famílias jovens farão um programa na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi, em São Paulo. Largar os filhos na área livre projetada para eles, comer uma bela iguaria da chef Helena Rizzo do restaurante Mani instalado na livraria, escolher um DVD e olhar com curiosidade objetos cheios de folhas impressas que seus pais chamavam de livro. Ou tomar café debaixo da jabuticabeira no bar da Livraria da Vila da Rua Fradique Coutinho, carregar um DVD para casa enquanto passam os olhos naqueles tijolos de papel que sobraram na estante. Carregadores de celular, adaptadores e brinquedos vão encher livrarias de aeroportos, junto com presentinhos de última hora. Livros serão brindes.
É isso o que as livrarias do país, as que ainda não fecharam as portas, estão planejando para os próximos meses ou já colocaram o plano em prática – como a FNAC do bairro de Pinheiros, em São Paulo. Antes, os livros eram o consumo principal; hoje, o primeiro andar é ocupado com eletrônicos, o segundo foi tomado pela administração, e as encolhidas estantes de livros ocupam uma parede no andar de baixo tomado de CDs, DVDs. Até a área de discos clássicos foi para o espaço.

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