“Porque os livros não são coisas absolutamente mortas;
contêm uma espécie de vida potencial, tão prolífica quanto a da alma que os
engendrou. E mais: ele preservam, como num frasco, o mais puro e eficaz extrato
do intelecto que os produziu. Estou convencido de que eles são tão vivos e tão
rigorosamente fecundos quanto aqueles dentes de dragão da fábula. E que, uma vez
semeados aqui e ali, podem dar nascimento a homens armados. E, por outro lado,
vale refletir que matar um homem pode ser até melhor do que matar um bom livro.
Quem mata um homem mata uma criatura racional, feita à imagem de Deus; mas
aquele que destrói um bom livro mata a própria razão, mata a imagem de Deus
como que no olho”
Trecho de "Areopagítica", de John Milton (1608/1674)
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