Conheço fanáticos de catálogos de livros
inexistentes e os imagino celebrando estes dias o aparecimento em Paris de “A
Biblioteca invisível”, Stéphane Mahieu (Éditions du Sandre). Acabo de ler
precisamente as notas sobre cada um dos livros inexistentes reunidos por Mahieu
e confesso que, depois de morrer de rir com alguma das notas, agora me sinto
brutalmente saciado, como se houvesse lido, por mais inexistentes que sejam, a
totalidade dos livros que anuncia o catálogo.
É demais. Quem dá mais? Em um só volume “A
Biblioteca” te dá ampla informação sobre diferentes livros falsos que no final
inclusive você pode acabar acreditando que é um leitor exageradamente voraz.
Vem neste momento à memória os tomos falsos da “A Biblioteca” que me ficaram
mais gravados: os que cita J. Rodolfo Wilcock em “A sinagoga dos iconoclastas”,
os que revela Rabelais em Gargântua e Pantagruel...
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