CBL e SNEL divulgam pesquisa de 2013 com 1,52% de crescimento
Enquanto o
PIB brasileiro cresceu 41,82% na última década, a indústria editorial aumentou
seu faturamento em apenas 7,34%. No entanto, segundo a pesquisa Produção e
Vendas do Setor Editorial Brasileiro, divulgada ontem pela Câmara Brasileira do
Livro (CBL) e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livro (SNEL), o
faturamento das editoras de livros no Brasil alcançou R$ 5,36 bilhões em 2013,
o que representa um crescimento nominal de 7,52% em relação ao ano interior.
Descontada uma inflação de 5,91% (IPCA), o crescimento real foi de 1,52%.
A primeira
má notícia é que, em termos reais, o faturamento apurado pela FIPE – entidade
responsável pela pesquisa – ainda está abaixo do valor alcançado em 2010, não
compensando a péssima performance do mercado em 2010 e 2011. A segunda má
notícia é que o crescimento de 2013 deve-se puramente ao aumento das compras
governamentais que chegaram a R$ 1,47 bilhão no ano passado contra R$ 1,32
bilhão em 2012. Trata-se de um crescimento nominal de 12,04% e, uma vez deflacionados
os números, de um aumento real de 5,79%. Em 2013, 27,51% do faturamento das
editoras foi oriundo de compras governamentais, comprovando a dependência do
setor no governo. Enquanto o governo aumentou suas compras, as vendas dos
editores ao mercado privado ficaram praticamente estagnadas.
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