domingo, julho 20

Livros não são mortos


“Porque os livros não são coisas absolutamente mortas; contêm uma espécie de vida potencial, tão prolífica quanto a da alma que os engendrou. E mais: ele preservam, como num frasco, o mais puro e eficaz extrato do intelecto que os produziu. Estou convencido de que eles são tão vivos e tão rigorosamente fecundos quanto aqueles dentes de dragão da fábula. E que, uma vez semeados aqui e ali, podem dar nascimento a homens armados. E, por outro lado, vale refletir que matar um homem pode ser até melhor do que matar um bom livro. Quem mata um homem mata uma criatura racional, feita à imagem de Deus; mas aquele que destrói um bom livro mata a própria razão, mata a imagem de Deus como que no olho”
Trecho de Areopagítica de John Milton (1608/1674) 

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