Estamos assistindo a uma paulatina mudança histórica. São várias as causas dessa transformação, dentre elas a democracia, a liberdade de imprensa e expressão
Os primeiros resultados do Vale Cultura, relativos ao
movimento acumulado de janeiro a junho de 2014, questionam o dogma de que o
brasileiro não lê: 88,01% dos R$ 13,65 milhões consumidos no período pelos
portadores dos 215.249 cartões emitidos referem-se à compra de livros, jornais
e revistas. Seguem-se o cinema (9,26%), instrumentos musicais e acessórios
(1,32%), CDs e DVDs (0,66%) e artes cênicas, espetáculos e demais atividades
culturais (0,75%).
Observa-se nessas estatísticas oficiais do Ministério da
Cultura que, em números absolutos, os beneficiários do programa aplicaram pouco
mais de R$ 12 milhões em leitura nos primeiros seis meses de sua execução
prática. Trata-se de um dos mais importantes investimentos que se pode fazer,
considerando os dividendos obtidos no mercado de trabalho, na formação
escolar e acadêmica e na vida. Afinal, aquisição de informação e conhecimento
contribui de modo muito significativo para a boa formação e o desenvolvimento
dos indivíduos.
Os dados podem parecer surpreendentes ante o índice
histórico de leitura no Brasil, muito abaixo do que se observa nas nações
desenvolvidas e atrás também de alguns emergentes, como a nossa vizinha
Argentina. No entanto, os resultados do Vale Cultura, incontestáveis quanto à
opção pelos livros, jornais e revistas no primeiro semestre deste ano, referendam
na realidade do mercado uma tendência que já havia sido apontada na última
edição da pesquisa Retratos da Leitura.
Leia mais o artigo de KarinePansa, presidente da Câmara Brasileira do Livro
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