“O Brasil sempre veio de fora. Principiou em 1500 e não terminou ainda.” “As cartas dos suicidas não levam selos.” “Esqueci o berço. Não esqueci o colo.” “O céu é uma cidade de férias.” “Nascemos para a companhia. O amor é um canto coral.” “Das estações, a que tem nome de mulher é a que revela a vida eterna: a primavera.” “No sábado, muita gente vai para fora. Eu, em geral, vou para dentro.”
“Sou contra o equilíbrio. Acho que a gente deve cair para poder levantar-se.” “Não nasci para chefe. Chefe manda. Eu peço. Peço que não me mandem.” “Um amigo que morre é um amigo que nunca se perde.” “Um corpo nu é a realidade. Um corpo coberto é a imaginação. Esconder a nudez —eis uma ideia do Diabo.” “Falar é despedir-se. Estas palavras não voltarão.”
“Cada um carrega o seu deserto.” “Que biblioteca, a velhice!” “Ninguém é. Todos parecem. Somos tantos quanto os que nos vêem, inclusive cada um de nós quando se olha.” Em seu 11º dia de prisão, em 1939, numa cela com outros opositores de Getulio Vargas: “Hoje entrou um espelho aqui. Foi uma alegria: o cubículo se encheu de caras conhecidas”.
“É um pássaro pousado, quieto, na ponta de um ramo. De repente, abre as asas, atira-se no espaço, voa. É outro pássaro.” “Na evolução do corpo, a macaca fica sempre esquecida. É uma injustiça contra ela e contra a mulher. A macaca foi uma grande avó.” “O burro é um perdão ambulante.” “De todas as artes, a vida ainda é a mais inteligente.” “A vida é a fila da morte. Nada de cara amuada na fila!” “Boa piada, a vida...”
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