Ouvindo o tiro, eu me apeei do cavalo. Então, tinha chegado
o lugar. Saí do caminho, puxando o Veneno pela rédea, meti-me pelo mato já
zarolho, àquela altura de julho.
Outro tiro. Não devia ser comigo – quer dizer, apontando
contra mim. Talvez estivessem fazendo exercício de pontaria. Distante, escutei
o latido de um cachorro. E, de tão exausto que estava, senti-me debaixo de uma
moita e estirei as pernas no capim sedo do chão.
Se eu chegar na frente da casa, a descoberto, podem me
receber com fuzilaria, pensando que sou um atacante. Se fico quieto, eles
acabam me achando e me levam vivo. Vão querer descobrir o que eu vim fazer por
aqui.
E aí eu peço que me levem para falar com a Dona. Digo que
nós dois somos conhecidos velhos... E não somos?
Bem, ela deve se lembrar da confissão. Não é todo dia que se
faz uma confissão daquelas. Ela tem que se lembrar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário