A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, feita
pela Fundação Pró-Livro, em 2011, apontou que o número de leitores e a média
anual de livros lidos por habitante vem diminuindo. Segundo o pedagogo e
professor universitário Marcus Garcia, a cultura pela leitura no Brasil nunca
foi muito forte.
"Comparados com nossos vizinhos latino-americanos, nós
estamos no final da fila da cultura de leitura. Nós ficamos ao lado de países
que têm um IDH muito inferior ao nosso quando se trata de avaliação de um
país". Apesar da pouca leitura ser um problema cultural, o professor
acredita que a aplicação da lei seja um bom começo para alterar este cenário.
Outro ponto importante de estímulo à leitura é a influência
da família e da escola desde cedo. "A família tem o papel fundamental de
gerar o primeiro exemplo, o primeiro contato com o universo da leitura. Ela é a
principal responsável pela inserção da criança na realidade social e no contato
com as coisas com as quais ela vai se desenvolver culturalmente. A escola,
enquanto co-partícipe do processo de formação da criança, tem também a sua
parcela de responsabilidade", opina Marcus, que recomenda a contação de
histórias como importante estímulo para crianças até 12 anos.
Para o pedagogo, a qualidade da informação em tempos
tecnológicos, não contribui para o aumento da cultura da leitura. "As pessoas
acabam se contaminando pela facilidade que as mídias hoje oferecem de entregar
a informação pasteurizada, de entregar a informação através de rótulos. O
indivíduo não busca uma leitura mais densa, consistente", acredita.
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