A rotina é obsessiva: diariamente Ézio Carlos Costa gasta
horas na internet à caça de bibliotecas e novos trabalhos acadêmicos sobre
gastronomia, faz telefonemas a livreiros do país, alternando os contatos para
não esgotar a paciência de nenhum deles. Semanalmente vai à Academia Paulista
de Letras ou à Biblioteca Mario de Andrade e passeia por sebos. Mas quem é
Ézio? Atualmente, é o dono do maior acervo de livros de cozinha publicados no
Brasil do século 19 até a década de 1940.
Se a biblioteca da Academia Paulista
de Letras possui 139 exemplares dessa área nesse período e a Mario de Andrade
soma dez obras que tratam do folclore ou da história da alimentação, Ézio
possui 330 volumes, 70 deles raridades, caso da primeira edição do “Manual de
confeitaria”, de 1866, guia com utensílios, técnicas e receitas de pães, doces
e outros quitutes.
O pesquisador autodidata compra tantos exemplares que chega
a ter todas as edições de um só livro. O hobby começou em 1997, quando
trabalhava na cozinha de um hotel e o chef lhe trouxe o “Cozinheiro nacional”,
de 1882.
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