Mas alguém cruza aquelas lonjuras. E cruza sozinho. A mala nas costas. Quem será?
O sol o conhece. A areia é sua velha amiga, a caatinga também. Não há mina-d’água que não o chame pelo nome, com arrulhos de namorada. Não há porteira de curral que não se ria para ele, com risadinha asmática de velha regateira. E nenhum cachorro de fazenda que lhe nega lambidas de intimidade, quando ele chega.
Lá vem ele, E ganjento, pilantra: roupinha de brim amarelo, vincada a ferro; chapéu tombado de banda, lenço e caneta no bolsinho do jaquetão abotoado; relógio-de-pulso, pegador de monograma na gravata chumbadinha de vermelho.
Fazenda nenhuma lhe cobra pouso; e merece comer na cozinha, com a dona da casa e as moças solteiras. É que em todo o Sertão dos Confins – e olhem que é mundão largado de não acabar mais – não mesmo quem não o conheça e não lhe queira muitíssimo bem.
Passinho miúdo, apressado. Botina chienta na areia que ringe também. Lá vem ele!
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