O Brasil tem
uma biblioteca pública para cada 33 mil habitantes. São 6.148 no país. O índice é o
mesmo de cinco anos atrás. Apesar de terem sido criados mais espaços no
período, o aumento da oferta não foi maior que a taxa de crescimento da
população.
A meta do
governo de zerar o número de municípios sem bibliotecas também não foi
alcançada ainda. Hoje, 115 cidades ainda não contam com o equipamento de
cultura. Em 2009, eram 361.
A presidente
do Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB), Regina Céli de Sousa, diz que os
dados não refletem a realidade, ainda mais crítica. “Há casos em que a
biblioteca é listada no sistema, mas ela está fechada.” O conselho diz que não
estão em funcionamento várias das bibliotecas listadas no site do governo
federal.
“Em muitos
estados, o que existem são apenas espaços com amontoados de livros sem nenhum
tipo de controle, organização, serviço e produtos para a sociedade. Estão lá
apenas para justificar as verbas recebidas”, afirma a presidente do CFB. “É
difícil encontrar nas bibliotecas públicas do país espaços prazerosos, com um
acervo atualizado, e isso é fundamental para que a população frequente os espaços.”
O estado com a maior oferta de espaços por habitante é o Tocantins. São 141 bibliotecas – uma para cada 10 mil pessoas. Já o Rio de Janeiro registra o pior índice: um equipamento para cada 111 mil. O estado, que tem 16 milhões de habitantes, abriga apenas 148 bibliotecas. Entre as regiões, a que possui o maior número absoluto de bibliotecas é a Sudeste: 1.968. Na Nordeste, são 1.873. A região Sul possui 1.263, a Norte, 525, e a Centro-Oeste, 519.
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