quinta-feira, outubro 5

Quando chegar o dia, verás

Quando nada mais tiveres que cause a inveja dos homens e a atenção das mulheres, quando disseres adeus e não houver ninguém que te diga para ficar, quando os primeiros passos deres e começares a te afastar, verás como pode ser leve uma caminhada quando não se tem nada que cause a inveja dos homens e a atenção das mulheres.

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Nem sempre o maior valor está ligado à alegria. Eu amava mais o amor no tempo em que o amor doía.

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Ontem eu queria ser o melhor que poderia. Era um uma hora e outro outra hora. Ora era Pessoa, ora era Drummond, ora era outro que me seduzia. De um herdei o ceticismo, de outro o pessimismo. Com um aprendi a tristeza, com outro a melancolia. Com nenhum deles o mágico dom da poesia.

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De todos os poetas, os concretistas são os que prezam mais os bens materiais.

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Que bela cena é uma gata se espreguiçando, esticando-se languidamente, encompridando-se para alcançar seu sono no sofá.

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Agora que o gato morreu e o sofá é ocupado apenas pelo avô, o sol tem aparecido só esporadicamente na sala.

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A condessa tinha o sotaque de um marujo francês curtido em trinta anos de conhaque.

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E chegou o momento, afinal, de trocarmos nossa burrice natural pela inteligência artificial.

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Quando Pessoa morreu, que pena. Com ele morreu uma centena. Quando eu morrer, não haverá perda. Que falta há de fazer um zero à esquerda?

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