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Depois de uma época bela, vivemos esta, nefasta. Num dia vem a procela e no outro vem a borrasca.
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Quem hoje sonetos faz, por mais que eles tenham valia, maior sucesso faria se fossem como os fazia o incomparável Luiz Vaz.
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Não quero mais chorar educadamente, civilizadamente. Quero chorar desavergonhadamente, um choro de soluços e de ranho, um choro como aqueles choros torrenciais que choravam os homens de antigamente.
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Ter dedicado a vida inteira à literatura pode indicar que me falta justamente a principal qualidade de um escritor: a imaginação.
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Se você é um escritor de bom coração, não coloque na mesma oração um gato e um passarinho.
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Vive hoje metodicamente, gasta seus advérbios de modo economicamente. Um pouquinho de manhã, um tantinho à tarde, à noite mais um bocadinho e, livre das aspirações de glória de antigamente, dorme longa, despreocupada e gostosamente.
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O que mais lastimou o poeta parnasiano quando a mulher o deixou foi nunca mais poder contemplar a fluência e o ritmo de seus passos, perfeitos como um alexandrino.
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Esplêndido dia! Nós não merecemos tão completa alegria. O mar já nos chama e a vida convida o sol a brilhar.
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