A discussão sobre o preço dos livros é relevante. Não conheço o mercado bem o bastante para me meter nela, mas creio que há um problema na premissa do influenciador. É legal ter acesso aos lançamentos literários, mas não penso que a formação de um público leitor dependa do mercado editorial.
Desde o século 17, mas especialmente a partir do 19, com a popularização das bibliotecas públicas, tornou-se possível ler livros sem pagar por isso. Hoje, com a internet, onde encontramos gratuitamente várias obras que já caíram em domínio público, dá para passar a vida apenas usufruindo desse estoque de títulos, com a vantagem de que são clássicos, isto é, já passaram no teste do tempo.
Meu ponto é que o amor pela leitura resulta, como mostram vários estudos, de uma interação entre genes e ambiente. Há pré-requisitos ambientais básicos. É preciso aprender a ler e adquirir alguma proficiência nisso, mas, ao que parece, a facilidade com a qual uma criança lê, característica com fortes componentes genéticos, é que determinará se ela extrairá prazer da atividade e se tornará uma leitora habitual. Basicamente, quem lê lê.
Minha conta bancária é a primeira a advogar por livros mais baratos, mas, se precisamos escolher uma política para ampliar o público leitor, a prioridade é aperfeiçoar o processo de alfabetização nas escolas.
Desde o século 17, mas especialmente a partir do 19, com a popularização das bibliotecas públicas, tornou-se possível ler livros sem pagar por isso. Hoje, com a internet, onde encontramos gratuitamente várias obras que já caíram em domínio público, dá para passar a vida apenas usufruindo desse estoque de títulos, com a vantagem de que são clássicos, isto é, já passaram no teste do tempo.
Meu ponto é que o amor pela leitura resulta, como mostram vários estudos, de uma interação entre genes e ambiente. Há pré-requisitos ambientais básicos. É preciso aprender a ler e adquirir alguma proficiência nisso, mas, ao que parece, a facilidade com a qual uma criança lê, característica com fortes componentes genéticos, é que determinará se ela extrairá prazer da atividade e se tornará uma leitora habitual. Basicamente, quem lê lê.
Minha conta bancária é a primeira a advogar por livros mais baratos, mas, se precisamos escolher uma política para ampliar o público leitor, a prioridade é aperfeiçoar o processo de alfabetização nas escolas.
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