Zênon adorava o quarto atapetado de volumes, a pena de ganso, o tinteiro de osso, utensílios de um novo conhecimento, e a riqueza que consistia em aprender que o rubi vem da Índia, que o enxofre se combina ao mercúrio e que a flora denominada lilium em latim chama-se krinon em grego e susamah em hebraico. Percebeu depois que os livros divagam e mentem como os homens e que as prolixas explicações do cônego tinham amiúde por objetivos fatos que, não o sendo, prescindiam de qualquer explicação
Marguerite Yourcenar, "A obra em negro"
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