O pai, um dos mais reputados editores franceses, era de opinião que no livro estava o futuro- mais do que nunca e devido à própria crise da cultura. "Mostra-nos a História", dizia ele, "que quanto menos se lê, mais livros se compram". Desta maneira, jamais lia os manuscritos que lhe submetiam, não se decidia a publicá-los senão garantido pela personalidade do autor ou atualidade do assunto (neste aspecto, o tema sempre atual, o sexo, acabou por especializar o editor) e preocupava-se unicamente com obter apresentações interessantes e publicidade gratuita. Jonas auferiu pois, juntamente com a distribuição de leitura, numerosos vagares a que foi necessário dar ocupação. Assim descobriu a pintura.
Albert Camus , "O exílio e o reino"
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