Rachel Jardim, "Num reino à beira do rio"
quarta-feira, julho 7
Murilo em um instantâneo
Em cima do pátio na casa da rua da Imperatriz onde a imagino lendo, nuvens grossas como asas de anjos certamente percorriam o céu mineiro. Esse mundo de irrealidades cobria também a cabeça de Murilo quando caminhava pelas ruas da cidade e, numa noite, seus olhos contemplaram o cometa Halley. Aqueles sons, esses instantes, as sensações, todo um mundo secreto e paralelo aproximaria aqueles dois seres jovens, cada qual na sua calçada, em suas casas uma em frente da outra. A poesia de Murilo, a vida de minha mãe estariam, para sempre, impregnadas desses instantes.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário