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Todo escritor minimamente honesto deve perguntar-se todo o tempo por que escreve e por que não para de escrever.
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Amigos, lamento, mas não deixo legado poético nem testamento.
Os seios da condessa eram pequenos, mas atrevidos. Fosse qual fosse a blusa que os cobrisse, espetavam nela os bicos promissores.
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Quando tudo isso terminar, respiraremos aliviados, se conseguirmos respirar.
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Não relê o que escreve. Não por se presumir perfeito, mas pelo receio de ver abalada sua confiança de escritor.
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Sou um velho diletante. Dei-me sempre todo à literatura, porém nunca o bastante.
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O dia já não nos vê e o sol nos esquece. Estamos tão mortos como se estivéssemos.
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É o fantasma de um sindicalista. Por qualquer coisa se abespinha e por meses não aparece.
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Majestosa torre de Pisa, primor maior entre os primores, que Deus vos traga sempre a mais branda brisa e afaste de vós os Três Tenores.
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Sim, estamos vivos, dizemos, mas baixinho, só para nós. Temos medo de ser desmentidos.
Raul Drewnick
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