Quem do amor quer e espera pagamento,
E cada abraço e cada beijo dado
Anota sem perdão e com cuidado,
Agindo tal qual age um avarento,
Não merece reparo ou escarmento
Nem ser, por ser assim, vilipendiado
E pelos outros homens apontado
Como um homem vulgar, sem sentimento.
Quando de amor se trata, o perdulário
Que nada exige em troca do que deu
No fim é sempre visto como otário
E quando na penúria se encontrar
Lhe dirão que a miséria mereceu
Por jamais ter sabido negociar.
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