quinta-feira, julho 11

... E as macieiras

– Posso entrar?

É a dona do hotelzinho que me traz o café. Pousando o tabuleiro sobre a toalha cor de morango, diz:

– O café vai-lhe saber bem, num dia como este.

E olhando o nevão por detrás da janela:

– Coisa tão rara, uma Páscoa branca.

– A janela, dantes, era muito estreita – digo eu – mas acho-a bonita assim larga.

E ela, surpreendida:

– Conhecia a casa? – Conhecia. E as macieiras também.

Ilse Losa, “Páscoa Branca”

Nenhum comentário:

Postar um comentário