Na abertura do Seminário Internacional sobre Política Públicas do Livro e Regulação de Preços, em Brasília, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, disse que o Brasil não dá a importância necessária à leitura e que é uma vergonha nosso índice de livros per capita ano ser de apenas 1,7 por ano. Ele defendeu que seja feita uma campanha de estímulo à leitura semelhante à contra a paralisia infantil.
— É de uma gravidade enorme a questão da leitura. Termos 1,7 livro per capita ano é uma vergonha. É abaixo do índice de leitura de vários países vizinhos com índices de pobreza maior do que o do Brasil. O Brasil, sétima economia do mundo, nunca deu a importância necessária à leitura. É um índice muito baixo para que a gente não fique preocupado, como nação — discursou Juca, emendando um pouco depois:
— Devemos levar a leitura para campanhas semelhantes à do Fome Zero (programa que originou o Bolsa Família) e a da paralisia infantil.
— A leitura tem que ser apresentada como algo prazeroso, das crianças terem curiosidade por saberem que dali vai sair algo interessante — afirmou.
Juca disse que quando foi secretário municipal de Cultura de São Paulo, na gestão de Fernando Haddad, ficou chocado ao ser informado por um colega de que dos 12 milhões de moradores da capital paulista, 5 milhões são analfabetos funcionais, ou seja: sabem ler, mas não captam integralmente o teor do que leem.
— É preciso enfrentar isso. Não podemos encarar isso como um dado normal. Nossa herança histórica não é boa — pontuou.
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